Bancos públicos não devem abrir a partir desta terça-feira

A onda de mobilização que tem pautado diversos segmentos do funcionalismo público (federal e estadual) chegou agora a uma das categorias que prestam um serviço fundamental à sociedade: os bancários. Em Santa Maria, que concentra mais de 50 agências que, juntas, empregam cerca de 700 funcionários, esta terça-feira deve ser de portas fechadas. A saída será contar com o autoatendimento nos caixas eletrônicos.

Claudenir Freitas, um dos diretores do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Santa Maria e Região (Seeb), que congrega 24 cidades da Região Central, acredita que a largada do movimento grevista hoje tenha a adesão dos funcionários dos bancos públicos.

– Não são só índices, mas, sim, reivindicações de melhorias para a categoria e que impactam no atendimento à população – explica.

Para a manhã desta terça-feira, os funcionários devem se concentrar em frente às agências do Banco do Brasil,  do Banrisul e da Caixa Econômica Federal. No Centro, duas agências do Banco do Brasil estavam fechadas (Niederauer e Avenida Rio Branco). A Caixa Econômica Federal que fica no Calçadão também fechou as portas. Já o Banrisul, que fica na Praça Saldanha Marinho está com atendimento parcial.

A tendência, segundo Freitas, é que os colegas de instituições privadas se somem ao movimento nos próximos dias. Em 2014, os bancários cruzaram os braços por cerca de 20 dias.

Entre as exigências da categoria estão um reajuste salarial de 16% (incluindo a reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), fixação do piso com base no salário mínimo do Dieese, participação nos lucros ou resultados (PLR), redução das tarifas bancárias, realização de concurso público para contratar mais funcionários.
Com a greve marcada para hoje, consumidores devem atentar ao pagamento de faturas, boletos bancários e outras cobranças.
 
Corre-corre no começo do mês
Na segunda-feira, a movimentação foi intensa em bancos públicos e privados de Santa Maria. Com o começo do mês, renovam-se as cobranças e a necessidade de quitar débitos e pendências. A correria foi grande. Muitos clientes pediam informações para saber como serão os próximos dias com a iminência da greve. As informações dadas pelos servidores, dos bancos públicos e privados, eram quase as mesmas: “façam tudo hoje”.

Mesmo com a paralisação se confirmando, o Procon local alerta: a greve não afasta a obrigação do consumidor de pagar as obrigações, e  a empresa credora tem de oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados.



Observação: nos correspondentes bancários da Caixa é possível fazer saques da conta-corrente e da poupança de valores até R$ 1,5 mil e também fazer contratações de empréstimos consignados e financiamentos habitacionais.